O Mounjaro, remédio originalmente indicado para o tratamento de diabetes tipo 2, já está disponível para compra em farmácias de São José do Rio Preto, tanto nas lojas físicas quanto nas plataformas online. Conhecido por seu efeito na perda de peso, o medicamento tem despertado grande interesse da população, provocando alta demanda logo nos primeiros dias de comercialização na cidade.

Segundo relatos de farmácias locais, a procura tem sido intensa, especialmente pela versão de 5 mg, que em alguns momentos chega a esgotar. A reposição dos estoques está sendo feita com frequência, refletindo o impacto imediato da chegada do produto ao mercado nacional.

Até recentemente, era necessário importar o Mounjaro, o que exigia receita médica e um investimento de mais de R$ 11 mil para um mês de tratamento. Agora, com a liberação para venda no Brasil, o preço caiu consideravelmente: as caixas de 2,5 mg custam entre R$ 1.500 e R$ 1.900, enquanto as de 5 mg variam de R$ 1.700 a R$ 2.300 – valores que podem ser parcelados.

Apesar do uso popularizado como aliado no emagrecimento, a Anvisa autoriza sua prescrição apenas para o controle do diabetes tipo 2. De acordo com a endocrinologista Mariana Azevedo Alves Mendes, professora da Faceres, a tirzepatida — princípio ativo do Mounjaro — atua aumentando a liberação de insulina e reduzindo a produção de glucagon, ajudando a controlar os níveis de glicose e promovendo efeitos colaterais que favorecem a perda de peso, como o retardo no esvaziamento gástrico e a redução do apetite.

Por ora, a apresentação de receita médica ainda é suficiente para comprar o medicamento. No entanto, a partir de meados de junho, conforme nova norma da Anvisa, será obrigatória a retenção de uma cópia da prescrição nas farmácias para aquisição de injetáveis como o Mounjaro e o Ozempic. A validade da receita será de até 90 dias.

É importante lembrar que o uso do Mounjaro é contraindicado para pessoas com alergia à tirzepatida ou a componentes da fórmula, pacientes com histórico de câncer medular da tireoide ou que sofrem da síndrome genética conhecida como neoplasia endócrina múltipla tipo 2.